Apoeta
Abril 30, 2008
Olvido este escuro obscuro e frio
e cristalizo-me entristecido no vazio.
Submerso numa fracção de segundo
este melancolismo vazio e profundo.
Neste espaço, não passo de um traço
o que resta finjo que não presta
corro para longe da vontade de ser monge.
Morre a noite longa na madrugada solitária
e sobrevivo à penumbra descrente e imaginaria
deste alheamento vital e desconcertante,
sobra o teu olhar doce, a ternura diamante .
Sonho contigo pela noite sobrenatural.
Já não tenho paciência para esta cadência,
constante desespero insolúvel e fatal.
Mas dentro de mim inexorável persiste,
um calor, um desejo inflamável existe,
crescendo suave e florescendo o espaço
onde irei naufragar a alma no teu regaço.