Borboleta Monarca
Maio 14, 2009
Sujeito às indiferenças da alma caminho em voo rasante pelas calçadas impuras e sobrevivo apenas por momentos às inalações gástricas do infortúnio enquanto escondo o corpo seviciado às intempéries da alma.
Suspiro sem ar pois o teu olhar alimenta-me e voo pleno no fascínio de te ver dançar, borboleta monarca, princesa dos céus, o meu reino morre na vertente dos teus passos, no súbito desenrolar do tornozelo no momento em que te curvas para me colher do chão e sopras o doce vento que mais uma vez me afasta de ti, amargurado.