Noite Intemporal
Abril 25, 2010
Louca esta noite intemporal.
Corpos forrados com florestas de beijos.
Marginal roubo as giestas em flor na orla sedosa da tua pele.
Procuro o sentido do teu corpo pela madrugada invisível de sons.
Sussurro leves pétalas no relevo da paisagem.
Faço do teu corpo a minha conquista e só obedeço ao gesto infinito da paixão.
Naufrago nesse barco de fogo ensandecido pela bruma alegre do teu olhar.
Vogamos ao sabor indolente da palavra.
Metáfora agreste que nos sublima em arrepios de desejo.
Descanso o meu peito arquejante no teu e solto indomável um ultimo suspiro.
Precipício onde em uníssono cairemos na melodia sequiosa do sono.