Lágrimas torrentes.
Julho 27, 2014
Sopra o vento na intimidade da noite. E eu aqui procurando-te entre os dedos fugazes de uma memoria perdida. Sei que foste minha como que mergulhada na falésia húmida de um poema que te cantei em soluços de lágrimas torrentes.
Volta para os meus braços. Volta para este nosso mundo em suspenso de cores e sons e seremos os únicos a amar em tempestuosas águas de um viver infinito. Espero por ti nesta praia desconsolada de viver sem ti e choro.
As gotas que escorrem soltas pela minha face vítrea caem como pedras filosofais impossíveis de encontrar. Sinto a acabrunhada madrugada a resplandecer no horizonte longínquo e eu vogo passo a passo pela bruma espumosa da maré onde irei esperar eternamente que um dia o teu abraço me complete.