Onde Colar Os Selos Diamantinos Dos Meus Beijos.
Novembro 28, 2016
Onde te escondes do dilúvio de lágrimas que a ti dedico? A cada pedra lacrimal estilhasse em abraços que poderia ter existido a cada segundo desta ficção. Faltam-me os teus braços, na noite imberbe que me cobre de solidão falta a luz solarenga de um olhar momentâneo.
Partiste antes de chegar. Via-te ao longe acreditando no adamastor que pontilhava ao fundo desta tempestade que me consumia em chamas que fulguravam do céu. Nos teus olhos um sorriso, uma promessa de paraíso, um doce espirito de definição que o englobassem numa qualquer teoria de esclarecimento.
Diz-me onde procurar esse peito álveo, onde colar os selos diamantinos dos meus beijos, o colo álveo, inexplorado onde me possa perder como labirinto infinito de delicias. Morreria feliz rocando as paredes labirínticas que escondes dentro de ti. Esse âmbar rosado, colhido em folhados de mel bebia o teu corpo como seiva única, definição absoluta de amor, calor que emana sem esforço de um corpo languido de espectativa. Dissolvido na ansia de chegar mais alem, mais fundo o gosto de amar.
Todas as vidas possíveis surgem num único momento que já perdidos nesta floresta de infortúnio, queimamos em adoração o envelhecido mapa da restituição. Nada nos toca em cada qual. Ficamos apenas a solução, a pedra filosofal que a cada gota nos une como corpo de um mesmo coração.