Um Fim
Novembro 17, 2008
Peço desculpa por todo o mal que julgo que lhe fiz. Peço perdão. Peço perdão por todo o mal que fiz a ela. Peço perdão por todo o mal que fiz a toda a gente. Peço perdão, porque sinceramente eu não sabia mais. Sempre tentei dar o melhor de mim. Mas a vida tem as suas ironias e às vezes o melhor que nós podemos fazer simplesmente não é suficiente. Chegamos à vida sem destino e sem um caminho designado, nem sequer um manual de instruções. Temos que seguir o caminho que nos apontam e na ignorância tentar decidir o que será melhor. Sabendo muito pouco da vida e do certo ou do errado é pois bastante normal que as más decisões sejam mais frequentes que as boas. O problema é que muitas vezes as más decisões acabam por ser decisões definitivas nas quais já não mais será possível voltar atrás. Não mais será possível dizer que foi engano e voltar atrás. Perdemos o direito a uma segunda oportunidade, um beneficio da dúvida. E é ai que magoamos os outros e por tabela acabamos magoados também. Porque o mundo não perdoa e tudo o que fazemos volta para nós a dobrar. Portanto a todos os que costumam consciente, subconsciente ou inconscientemente distribuir o mal, não se esqueçam que todo ele ira eventualmente voltar à origem como uma circunferência que se fecha, ao lugar de onde saiu, ao seu principio, ao seu ponto de nascimento. E agora tendo tempo suficiente para crescer e aumentar de ferocidade irá atingir o seu fomentador com tamanha força que mal se poderá aguentar de pé e conseguir ter tempo para pensar o que é que fez para merecer o que lhe está a acontecer. Merece quem causa a desgraça alheia que ela volte para si. Julgo ser isso que me aconteceu a mim, se bem que não tenho a mínima ideia do porquê. Já vasculhei os recantos mais obscuros da minha memória e não faço ideia de ter feito tanto mal assim para merecer um final tão hediondo.