A Constelação do Abandono
Fevereiro 21, 2010
Mergulho no liquido escuro da noite onde procuro a face estrelada do teu rosto.
Denuncio a solidão de um choro. Gota vertida em plena secura do sofrimento.
E nunca mais, nem uma só vez, voltei a beber o doce emplume da tua pele de marfim nas madrugadas alaranjadas de longas noites distantes.
Sem fôlego, sem tino, esbracejo aflito as palavras sem nexo vencido pelo desejo que me conquista esperando não voltar a morrer de desgosto alucinante.
Até que um dia o Sol nasça a oeste do meu lençol e uma brisa de Outono seque as lágrimas cristalinas desta constelação do abandono.