Desejos De Carne E Sabor.
Outubro 03, 2016
Sob a copa ilustre das amendoeiras em flor escapávamos ao mundo mesmerizados pelo terno calor da tarde. Pétalas rosadas caiem em neve sobre o nosso colo. Haveria um dia em que não conseguiríamos esquecer este tempo que se atravessa na memória de um outro dia.
Disse-lhe que o mundo se apoia na palma da sua mão. E na frugal maresia do vento inventávamos desejos de carne e de sabor. Sempre connosco havia este sentimento de uma paz insuperável que nunca acabava.
Espera que o eterno movimento celeste não se entrepusesse no sabor dos sonetos invisíveis. sobre este âmbar do por do sol cabia um novo mundo ainda por descobrir. Cresce em sentimentos magmáticos de exasperação pelo destino que nos espanta e ao mesmo tempo se nos encontra neste redemoinho sem fim.
As paisagens tornavam se florais ao passar das estações que nos impunham de um sentimento de paz e exercício. Nunca uma fugaz fagulha de luz impedindo o olhar sacrílego de um momento só. Haveria de saber como o esconder de uma final feliz.