12.07.15
Eterno Retorno.
Paulo José Martins
Apressam-se as nuvens de desgosto sobre esta planície moribunda. As gotas escorrem-me pela face cravando fissuras solitárias na pedra fundamental do viver em pleno.
Vivo da superstição egoísta de que procuro um divino amor. E enquanto este me acha carbonizado na tristeza perco-o por entre os dedos da angústia nesta maré dormente em que os sentidos se perdem numa espiral de eterno retorno.