Hoje a angústia não dorme.
Julho 26, 2016
A insónia surge quando menos se espera. Passo as unhas pelo rasurado do chão e nos dedos cravo pedaços de vidro. A pele rasga-se. Sucumbe às arestas finas e acutilantes do silêncio. Hoje a angústia não dorme. Da sombra, a melancolia aparece de garras afiadas pronta para dilacerar qualquer esperança.
Serei capaz de voltar a escrever? Será sónia capaz de voltar a pintar? Joana canta naquele quadro à beira-mar. Acompanhada de gaivotas, vestidas de fato e andando de um lado para o outro com as mãos atrás das costas. Num momento param, olham de esguelha e assustadas levantam voo.