O marulhar da madrugada.
Agosto 17, 2014
A tua pele doce livre na minha boca de insanidades fervidas no marulhar da madrugada. Percorro-te o fôlego de norte a sul procurando o miasma dos teus dedos. Sabor a pêssego que escorre pela minha boca enquanto invento mil paraísos onde possamos reinar em silêncio.
Pescoço, costas infinitas, tez marítima em que naufrago vezes sem conta. Sal, doce o teu beijo irrequieto em que me devoras a alma. Em ti, sou um eu, minúsculo, que te observa como conquistador de um novo continente indomado.
E na sincope em que os nossos corpos decidem os gestos de uma alucinação tempestuosa iremos pertencer a um novo mundo de salvação e prazer. Olhas-me e dizes que o futuro não existe em qualquer momento, apenas nós os dois num qualquer momento existiremos no futuro.