O rasto cadente de ti.
Agosto 24, 2014
Sinto este aperto naufrago no peito insolvente. Esmaga-me o gesto violento da tua ausência. Tudo em mim é esta sensação de perda. O saber-me sozinho mergulhando entre multidões de gentio.
Fazes-me falta. Sinto-te no afagar destes meus dedos inquietos na bruma da tua noite. Medos. Suores frios na calada da noite e o teu aconchego é sempre o meu porto de abrigo.
O que farei enquanto a minha alma arde?
Caminho sobre as achas da solidão e procuro no seu rasto o cadente de ti. E peço um desejo. Peço que um dia possa abrir a minha mão fechada e que no seu centro encontre a tua que nunca fugiu de mim.