o Veneno Tóxico Da Loucura.
Novembro 07, 2016
Houve me tempos a faculdade imberbe de descobrir os eventos do passado. Um destino distópico, disforme dissolvida nos ácidos da consciência. Algures na intempérie do desgosto sossegava-me o especto dialético do saber.
De outros modos ouvia-se discutir nas solarengas noites de um inverno festivo que a vida faltava pelos nós das costuras invisíveis. Haveria dentro desta realidade esquecido um método que nos usava os sentidos e impedia o sono de chegar ao amor.
Podíamos viver um todo tempo sem nunca tocar a falange de cor de uma pele desconhecida e perdidos neste marasmo insensível cairmos na loucura insondável do pesadelo. Achávamos que era de todo o proibido de pensar, o raciocínio indelével dos sentimentos ofuscava todas as noções de existir fora deste martírio. Tudo o que encontrávamos era insondável ao desespero de nascer.
A amargura na luz de inverno entrava pelos interstícios do corpo minando a alma de um veneno tóxico da loucura. As imagens coincidentes do desespero fulguravam magmáticas na fresta das falanges. Escapava se por entre os dedos o amigo sono de paz que desabitava as noites, madrugadas de insónia onde marulhavam os espíritos funestos da alma.