Passos ébrios da noite.
Junho 29, 2014
Sinto o teu reflexo sobre os passos ébrios na noite. Cada segundo da tua ausência soma-se à ansiedade sulfurosa do próximo encontro. Todos os minutos somam-se aos demais e cada tempo se torna o perigo de um novo adeus.
Lembro-me do mentol ambrosíaco do teu beijo celestino. Navego a ausência de medo quando me entrego absolutamente nos teus braços. A cada tu, serei sempre um eu, perdido na maré imensa desse olhar infindo. E dentro de mim cresce este calor sustenido em que convalesço na tua ausência.
Juntos, seremos sempre mais que a soma de todos os universos imateriais em que nos sobrepomos. Fusão magmática estelar dos nossos corpos fulgurantes. E na maresia inebriada da paixão existe uma linha ténue entre a noite e a madrugada onde me perco na absoluta certeza de não saber qual de nos os dois sou eu.