Prosa Frenética.
Junho 14, 2015
São quase cinco da manhã e eu aqui de olho nesta folha branca que me foge. Procuro segurar nela o rebanho de palavras brancas, invisíveis por contraste.
Elas estão lá. Eu sei. Oiço-as.
Estão escondidas de mim, fazem troça da minha falta de tato. Perpassam-me entre os dedos os parágrafos e eu quase que apanho a última silaba por entre os dedos já incapazes no fervor da insónia.
Mas hei-de apanhá-las, descobri-las, despolas em conjunto prosaico e por fim ouvi-las balir a melodia da prosa frenética.