Separada no sustenido de um respirar.
Fevereiro 20, 2023
Peço-te uma mão. Por entre os dedos do tempo que não me aqueceu. Estou prestes a naufragar neste marasmo, nesta insónia que infecta numa septicemia de desespero. Diz o meu nome, entre segmentos de pele consigo a coragem de antes. Leite, saliva à tona. Aperto na bacia o sabor de um instante de carinho. Não sei em que encontro te perdeste, onde foste, se ficaste num campo incerto. Uma mão só uma mão em nenhuma, separada no sustenido de um respirar.