Sónia e joana amam-se sem pudor.
Agosto 04, 2016
As tintas derramam-se nas teclas dos pianos deixando o soalho aspergido de sangue. Sangue nas minhas mãos, as mãos de pedro nas minhas. Apetece-me escrever no branco das teclas pequenos haikus. Desenhar as letras lentamente. Levar todo o tempo do mundo meditando sobre a métrica e a rima até conseguir o poema perfeito.
Sónia e joana amam-se sem pudor. Envolvidas numa nuvem branca de algodão que paira em redemoinho no meio da sala. A música torna-se ensurdecedora ao som da maré. Mesmo as borboletas e as gaivotas descobrem num jarro um paraíso perdido onde pernoitar do tumulto da viagem.