Timbres Cor De Fogo.
Janeiro 02, 2017
Há dias em que não sei a que mundo pertenço. Este mundo onde existe a minha imaginação cruel onde apenas te vejo de longe. Angelica inatingível, bolha de sabão que voga ao vento soprado pelo meu amor, mas que nessa mesma brisa me foge e escapa ao amplexo fervoroso dos dedos.
Ou será a imaginação a expressão de um destino ainda por acontecer. Algo que também a te perpassa os sentidos e que confrontados os dois com dois destinos que afinal surgem atados num no Górdio que nos dois atamos com as pontas fugidias dos nossos destinos.
As palavras perdem sentido quando levadas a pintar as cores do que existo no fundo mais fundo de nós. Tudo o que existe em mim em um arco iris de timbres de cor de fogo que vibram, tocam e ressoam a cada mínimo gesto teu.
A quem pertencem-mos nos? A algum ser etéreo que nos convoca em sombra de destinos que nos cegam na intempérie inegável da incapacidade. Tudo o que nos espera e um caminho tortuoso que acaba na infelicidade de cumprir um desígnio que não fomos nos que criamos.