Tolhido na intempérie.
Abril 12, 2015
Sinto-me naufrago deste pensar que me abandona. E na pele sinto o arremessar lancinante das vagas da melancolia. No murmúrio do vento procuro o caminho para longe deste poço que me obscurece.
Em mim apenas a forca para mal respirar. O meu corpo já desistiu da companhia da alma e continua tolhido na intempérie de viver na vertente inqualificável da morte. Qualquer dia, qualquer hora o não existir acontece. Paliativo, talvez, deste viver em tortura.
Espero que num átomo saliente me devolva a esperança que um dia me torne nulo. E nesse niilismo dissonante possa renascer das achas efervescente da depressão e que a transcendência da morte me devolva as penas coloridas do amar em absoluto.