Um momento solar por si só.
Julho 28, 2016
Pedro passa os dedos pelas teclas do piano e a cada toque surge uma nota, um pequeno som indiferente. Um momento solar por si só. Ninguém dá por nada. Já ninguém escuta o marulhar das ondas no infinito reverberar da melodia.
Sónia começa a murmurar na febre. Está quente, infetada, afetada. E pedro segue uma tecla a seguir a outra. O ritmo começa, continua e sobe. O miador enrolado em si espreguiça-se esticando as orelhas. A música invade o espaço lutando com os fantasmas que existem nos cantos inabitados do edifício.