Um viver infinito.
Agosto 31, 2014
Passei a noite vegetal deitado na sincope decúbito exigindo de mim uma insónia fantasma. Horas da madrugada a tique tactear para o horror sustenido das almas que assustei. E tudo neste mundo existe num suspiro transpirado que goteja da fronte inclinada de um tresloucado.
Todo o gume de aço reverbera ao tocar um rift nas cordas desafinadas das veias de um momento fractal. Somos todos deuses pecadores de alma contemplada na mão. E naquele momento em que a dor se torna pequena, inaudível é que crescemos sabendo que nunca iremos morrer na gestação.
Dentro de mim existe um relógio que toca a música de um viver infinito.